A importância de pertencer à cultura ética da empresa

        Recentemente a Dell Technologies foi reconhecida, pelo décimo ano consecutivo como uma das empresas mais ética do mundo. Um reconhecimento extremamente importante e que tem vários significados. E Isso é fantástico porque traz um sentimento de orgulho não só para nós colaboradores, mas também para toda cadeia comercial e operacional junto de nossos prestadores de serviços, fornecedores e parceiros. Mas, além do sentimento de orgulho, trabalhar numa empresa que é reconhecida como uma das mais éticas do mundo desperta em todos nós um sentimento de pertencimento muito forte, pois nos dá a certeza que estamos inseridos num ambiente comum de integridade, onde cada um de nós tem uma parcela de contribuição muito grande, à medida que nós representamos, de uma forma ou de outra, a empresa em nossas relações profissionais internas e externas.

           A filosofia diz que a ética está diretamente ligada a essência das pessoas, a sua educação e a sua índole. Que a ética é um conjunto de princípios básicos que disciplinam e motivam o comportamento humano, dentro de um contexto de regras, de padrões e valores morais seja na sua vida social ou individual, estabelecidos na cultura organizacional de uma sociedade, no caso aqui, de uma empresa. Por isso, incentivar a ética no trabalho deve ser algo constante, que deve ser feito sempre e por todos. Exemplos de lideranças éticas, de agendas positivas, de práticas colaborativas entre as equipes, de respeito às diversidades, ações de inclusão, de cooperação, encorajam as pessoas a se comprometerem e a se comportarem de forma adequada dentro deste contexto. E isso é responsabilidade de todos. É fundamental que todos nós possamos assumir o nosso papel e entendermos que a gente faz parte deste propósito, e que somos sim agentes multiplicadores extremamente importantes nesse contexto ético – cultural que a nossa empresa estabelece.

           Por isso é fundamental que as empresas desenvolvam suas ações internas de forma eficiente e que estabeleçam e fortaleçam essa cultura ética todos os dias. Ter políticas claras de compliance, códigos de condutas eficientes, treinamentos recorrentes, canais de comunicação e políticas de privacidade são essenciais para disseminar a cultura ética no ambiente profissional. É isso que vai despertar nas pessoas o sentimento de pertencimento a cultura, e vai  encorajar as pessoas a entenderem o que é certo e o que é errado, e como lidar com esses “conflitos” diários que todo ambiente profissional nos traz.

           Além disso, todo esse conjunto de ações internas somados à cultura ética profissional, vai reverberar de uma forma muito positiva no mercado, junto aos nossos clientes, concorrentes, prestadores de serviços, sociedade em geral. Não tenho dúvidas que a longevidade de uma empresa está diretamente ligada ao seu comportamento ético no mercado. Por isso que fazer parte disso e ser reconhecido globalmente por isso é muito gratificante. Deve ser motivo de orgulho para todos nós.

          Mas, ao mesmo tempo que esse reconhecimento nos traz esse sentimento de orgulho e de pertencimento, esse reconhecimento  nos remete a grandes e novos desafios, pois além de continuarmos trabalhando arduamente para manter esse alto valor percebido de empresa mais ética do mundo,  precisamos replicar esse propósito de  integridade cultural à nossa comunidade de Parceiros de Negócios, pois são eles que muitas vezes representam nossa marca no mercado, junto ao cliente final.

         Mas como fazer que essa cultura ética, esse senso comum de pertencimento que temos internamente reflita no nosso parceiro de negócio, de forma que ele também tenha esse comprometimento ético tanto quanto a nossa empresa tem? É possível estender essa cultura ética no nosso Parceiro de Negócio? Eu não tenho dúvidas que sim.

          Embora seja muito desafiador, porque cada empresa tem a sua política e suas diretrizes de compliance, é possível sim despertar esse sentimento de pertencer a essa cultura ética no nosso parceiro. Primeiro, porque partimos do princípio que todos os nossos parceiros, os quais passam por processos de auditorias, vetting, due diligence, são parceiros íntegros, corretos, idôneos. Segundo, porque todas as empresas sérias possuem suas políticas internas, seus programas e ferramentas de controle contra corrupção e compliance eficientes dentro de suas estruturas. E terceiro, porque há um contrato comercial que une essas empresas, que contempla direitos e deveres das partes, e que obviamente considera essas questões de compliance e políticas anticorrupção nessa relação. Ou seja, já temos um contexto extremamente favorável como ponto de partida para criar e conectar essas políticas de condutas e cultura éticas entre as empresas.

            E é sobre esse tema que irei abordar no próximo artigo aqui junto a CertiGov. Como ter uma relação saudável e ética com nossos parceiros de negócios. Até breve.

Vicente Teixeira

Gerente de Canais – Dell Technologies Brasil